Hoje
acordei mais bem humorada. Pena que não sei sorrir, a muito custo quando vejo
uma boa tragédia, mas todos sabem que minha função este ano é única e
exclusivamente escrever neste blog, então, por hora, deixemos de lado as
catástrofes. Tem me intrigado muito este verbo sorrir. É um tal de “fulano está
rindo a toa”, “morrendo de rir”, “a vida sorriu pra ele”, “que sorriso lindo” e
outros vários sentidos, entre eles o paradoxal “chorar de rir”. Embora eu
também não chore, sei muito bem o que é fazer chorar. Não me contive e fui atrás
da etimologia deste verbete. Porque essa gente ri tanto? Acabei não descobrindo
muita coisa, pois tive preguiça já no início da empreitada. Preferi comer
minhas alcaparras ao cair da tarde. Sandro Dornelles dia desses, em um momento
de alegria dele e irritação minha, deixou escapar um “a DOR deve estar com um
sorriso amarelo”. Pensei em mim encarnando em algum asiático, mas logo descobri
que o Sandro tava tirando uma com minha cara. Isso me parece ser um sintoma de
saudade, mas não vou vê-lo. Não adianta! Não adianta! Acontece que hoje, o
rapaz que me zoou foi pela primeira vez no ano tomar banho de mar e, segundo
ele, salgar “as jóias da família”, para tirar o azar. Aos gritos de “sai de mim
força estranha!” deu o primeiro mergulho e ao levantar viu que estava sem
bermuda e que muitas pessoas na praia puderam ver as tais “jóias da família”
sem cortes. Entendi de pronto o lado mais meu do verbo sorrir: quem ri por
último, ri melhor.
Música
do Dia: A seta e o alvo (Paulinho Moska) http://www.youtube.com/watch?v=nxhzmCUvkcU
Bicho
do Dia: Carneiro (0026)
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