Fiquei sabendo que
no dia 30 de janeiro se comemora o dia da Saudade no Brasil. Fica
antecipada aqui minha homenagem. A saudade é uma das poucas coisas
que aflora meu lado bom. Bom na visão de vocês, porque pra mim
todos os meus lados são bons. A falta, a perda, o amor, a distância.
A DOR da saudade que tanto inspirou poetas pelo mundo afora. Eu, por
exemplo, ainda não senti saudades do Sandro Dornelles, se é que eu
sei o que é sentir saudades. Deixa ele lá. Ontem ele estava com
lágrimas nos olhos por saudade de alguma coisa, agora não pergunte
porque a tal lágrima rolou enquanto ele assistia a cena final do
Karatê Kid – A hora da verdade, aquele antigo, que ele assitia na
Sessão da Tarde há muitos anos atrás. As pessoas fazem relações
absurdas pra sentir saudades: um cheiro, um gosto, uma visão, um
toque, um som e lá vem um caminhão de saudades emocionar as
criaturas. Se pararmos pra pensar veremos que tudo é culpa dessa
noção de tempo que os homens criaram em suas cabeças, esse negócio
de passado, presente e futuro. Embora alguns digam que sentem
saudades de algo que ainda não viveram, na maioria das vezes as
sensações remetem a um passado. E se esse sentimento for tristeza
causada por uma saudade que está sendo sentida no presente, essa
mesma tristeza pode ser, já no presente, projetada para um futuro. Aí
pronto, depressão na certa. Por sorte não sofro disso, vivo o
sempre e ponto. Não é um ratatouille ou uma Madeleine com chá que
vai me fazer sair em busca do tempo perdido. Até porque “somos
tão jovens”. Como vocês devem ter notado não saco nada de
saudade. Melhor assim. Acabo de saber que hoje é aniversário de
Fundação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Poderia tratar
do tema, mas isso é um problema de vocês e quanto mais demorarem
para resolvê-lo, melhor pra mim, pois, nós as Dores, dependemos de
trabalhos deste tipo também e sei que vocês, humanos, jamais fariam
isso com a gente. Quer saber, já me enchi dessa conversa de
saudades. Essa palavra vem do latim “solitas, solitatis” que
significa solidão e solidão é coisa pra vocês, humanos. Por hora
fico aqui querendo tomar um chope no Rio de Janeiro olhando a Baia da
Guanabara. Ô vontade... Já o Sandro diria: Ô saudade...
Música
do Dia: Nostradamus (Eduardo Dusek) http://www.youtube.com/watch?v=BJgghfrS7ug
Bicho
do Dia: Coelho (3237)
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