Sim, até onde sei pelos
estudos que venho fazendo, a rua deve dar passagem, ela é uma
passagem de um lugar para outro, onde “o direito de ir e vir é
plenamente realizado”. Pelo menos deveria. Porém sabemos do
problema sério que sofre o mundo atual e que entope as ruas: é a
explosão carrográfica. Nossa Senhora, é carro que não acaba mais!
Será que esses bichinho não tem televisão em casa? Ou então que
se invente um método contraceptivo para carros, porque até esses
carros-adolescentes que mal saíram das fraldas já estão
engravidando. Mamãe e papai carro, segurem seus filhotes. Educação
é tudo, ouviram? Tomem providencias! É pedir demais? Ninguém quer
que seu filho vire um carinho-choque e saia por aí dando bordoadas
nos outros. E o estado da saúde, um caos. Basta ver nas ruas esses
carros velhinhos, tossindo fumaça, pingando óleo e tendo que
trabalhar ainda e congestionando tudo e sendo achincalhados pelos
carros mais novos com seus motores estrondosos de pau pequeno. Um
acinte! Aposentadoria já! E a segurança? É um tal de air bag
frontal e no traseiro; cinto de segurança pra esconder a barriguinha
e até butox nos lábios parachoqueanos. Onde vamos parar? O pior é
que já paramos, não tem mais rua que chegue a tempo. E o que esses
coitados vão comer? Olha o preço da gasolina, do álcool, do óleo
diesel! Sinceramente, não me admira nem um pouco o surgimento quase
corriqueiro de novas Christines. Se meu fusca falasse ele diria “com
licença, por favor”, mas só lhe resta buzinar e com isso gerar
mais desentendimento, batidas, colisões e acidentes pelos
engarrafamentos afora. Então me pergunto: afinal de contas, quem
são os responsáveis pelos carros do mundo?
Bicho do dia: Camelo
(6231)
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