Não tenho a mínima ideia do que seja uma separação. Se amavam, não se
amam mais. Ou enjoaram um da cara do outro. E sofrem. E vão pra beira
melancólica do mar para sentirem saudades, pena de si mesmo ou seja lá o que
for. Excetuando os poetas que atualmente já se inspiram olhando pro protetor de
tela com uma foto de um mar do Taiti. Já disse várias vezes, e continuarei
repetindo, que esse negócio de sentimento é o que acaba com vocês, humanos.
Porque que os carinhos viram carão, os jantarzinhos viram indigestão, os
motelzinhos viram traição e as florezinhas viram caixão? Nem a esfinge sabe. Só que, ao tratar do
tema, não posso deixar de falar das peripécias amorosas e desamorosas
(desastrosas) do Sandro Dornelles. Dizem que as melhores letras de amor deste
compositor falam das separações e não propriamente do amor e que geralmente ele
estava descornado e bêbado. Saio aqui em sua defesa, mesmo que isso mostre um
certo desapego da minha parte para com meus méritos na questão. Teve uma vez
que ele escreveu sobre a separação muito antes dela acontecer. O nome da canção
(uma milonga, ritmo tradicional de sua terra), é uma falsa homenagem a mim. “A
DOR, A DOR”. Essa música, provavelmente
vai ser a música do dia 365, pois de repente até lá ele tenha tido vergonha na
cara de fazer um gravaçãozinha melhor da que tem atualmente. Enfim. Mesmo que a
letra do Sandro tenha um certo ar de profecia, ela foi feita no início de um
relacionamento, onde então eu atuava como DOR de amor. Olha eu me reapegando
aos meus méritos de novo. Bom, pra finalizar gostaria de lembrar que o vento no
litoral deve servir pra refrescar e não pro sujeito sentar numa pedra a beira
mar olhando pro infinito marítimo com uma cara de bunda.
Música do
Dia: É Fim do Mês (Raul Seixas) http://www.youtube.com/watch?v=bRVLVloqXz0
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