Beatriz é um nome que acho
bonito. Fui pesquisar num destes milhares de sites de astrologia e curiosidades
da internet e vi que o belo nome significa “aquela que faz os outros felizes”.
Tudo bem que a fonte é duvidosa - e que eu não estou com saco de fazer uma
pesquisa mais a fundo -, mas mesmo assim eu acredito. Uma mulher com esse nome,
Beatriz, só pode ter nascido pra fazer alguém feliz e mais um monte de babaca
babão, infeliz, o que muito me alegra. Minha preferência pelas moças já ficou
clara em outros textos. Mas o mais legal de Beatriz é que ela traz dentro do
seu nome uma faceta marcante em todas as mulheres: ATRIZ. E, sendo atriz, toda
mulher é mais de uma, toda mulher é várias, se me permitem a licença poética e
o erro de concordância. Longe de serem A TRIZteza da família, toda mulher é pelo
menos um pouco atriz. O que faz me lembrar de outra mulher que representa muito
bem a multi personalidade das mulheres e que tive o prazer de conhecer:
Patrícia
“Patrícia não sabia se era uma mulher ou uma
cerveja. Na verdade, quem não sabia era eu. Às vezes preferia a Patrícia
mulher, outras vezes a Patrícia cerveja. Dificilmente ela conseguiria ser as
duas, também seria pedir demais. Embora em alguns momentos eu possa jurar que
foi. Patrícia... Bom, mas quando, finalmente eu me decidia por uma das duas,
ele me aparecia no diminutivo, mimada, consumista e toda carregada de
shoppings.
Eu não entendia quando Patrícia, em dados
momentos, – tendo em vista a origem do seu belo nome –
era um paradoxo: vulgar e estrangeira a minha pessoa, falando uma linguagem
chula numa língua que sei lá eu.
Certa vez Patrícia chegou falando grosso e
querendo fazer coisas com partes do meu corpo que eu achei melhor não fazer.
Noutra ocasião veio uma pessoa disfarçada de Patrícia, e como eu já havia
tomado várias Patrícias, quase que me enganei, não fosse essa pessoa falar com
uma voz fina falsificada, que fazia seu pomo de Adão ulular para qualquer um
que estivesse um pouco mais sóbrio do que eu.
Enfim, Patrícia era tudo que ela queria e,
devido a sua oscilação hormonal, era também tudo o que ela não queria, só que
ela sabia disso e ainda sabia tirar proveito disso. E, para mim, Patrícia era
tudo o que eu não sabia, mas, acreditem, tudo o que eu queria.”*
* (Esse
mini-conto do Sandro Dornelles foi vencedor de um concurso organizado por ele,
onde concorriam o próprio Sandro e seu alter ego Silastoim da Silva, os jurados
do concurso nunca mais foram vistos).
Música do Dia: Mal Secreto (Jards Macalé) (De: Jards &
Waly Salomão)
http://www.youtube.com/watch?v=D35kkI1lCeo
http://www.youtube.com/watch?v=D35kkI1lCeo
Bicho do Dia: Abelha (A Rainha, que como as Beatrizes e as
Patrícias, faz de mim o instrumento do teu prazer e de tua glória).
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