Novas Histórias

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Foto de Ju Vinagre

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

57º Dia: Beatriz


                  Beatriz é um nome que acho bonito. Fui pesquisar num destes milhares de sites de astrologia e curiosidades da internet e vi que o belo nome significa “aquela que faz os outros felizes”. Tudo bem que a fonte é duvidosa - e que eu não estou com saco de fazer uma pesquisa mais a fundo -, mas mesmo assim eu acredito. Uma mulher com esse nome, Beatriz, só pode ter nascido pra fazer alguém feliz e mais um monte de babaca babão, infeliz, o que muito me alegra. Minha preferência pelas moças já ficou clara em outros textos. Mas o mais legal de Beatriz é que ela traz dentro do seu nome uma faceta marcante em todas as mulheres: ATRIZ. E, sendo atriz, toda mulher é mais de uma, toda mulher é várias, se me permitem a licença poética e o erro de concordância. Longe de serem A TRIZteza da família, toda mulher é pelo menos um pouco atriz. O que faz me lembrar de outra mulher que representa muito bem a multi personalidade das mulheres e que tive o prazer de conhecer:

Patrícia
Patrícia não sabia se era uma mulher ou uma cerveja. Na verdade, quem não sabia era eu. Às vezes preferia a Patrícia mulher, outras vezes a Patrícia cerveja. Dificilmente ela conseguiria ser as duas, também seria pedir demais. Embora em alguns momentos eu possa jurar que foi. Patrícia... Bom, mas quando, finalmente eu me decidia por uma das duas, ele me aparecia no diminutivo, mimada, consumista e toda carregada de shoppings.
Eu não entendia quando Patrícia, em dados momentos, – tendo em vista a origem do seu belo nome – era um paradoxo: vulgar e estrangeira a minha pessoa, falando uma linguagem chula numa língua que sei lá eu.
Certa vez Patrícia chegou falando grosso e querendo fazer coisas com partes do meu corpo que eu achei melhor não fazer. Noutra ocasião veio uma pessoa disfarçada de Patrícia, e como eu já havia tomado várias Patrícias, quase que me enganei, não fosse essa pessoa falar com uma voz fina falsificada, que fazia seu pomo de Adão ulular para qualquer um que estivesse um pouco mais sóbrio do que eu.  
Enfim, Patrícia era tudo que ela queria e, devido a sua oscilação hormonal, era também tudo o que ela não queria, só que ela sabia disso e ainda sabia tirar proveito disso. E, para mim, Patrícia era tudo o que eu não sabia, mas, acreditem, tudo o que eu queria.”*
* (Esse mini-conto do Sandro Dornelles foi vencedor de um concurso organizado por ele, onde concorriam o próprio Sandro e seu alter ego Silastoim da Silva, os jurados do concurso nunca mais foram vistos).

Música do Dia: Mal Secreto (Jards Macalé) (De: Jards & Waly Salomão)
http://www.youtube.com/watch?v=D35kkI1lCeo

Bicho do Dia: Abelha (A Rainha, que como as Beatrizes e as Patrícias, faz de mim o instrumento do teu prazer e de tua glória).

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