Lembro que uma vez, estando
em Belém do Pará, o Sandro Dornelles conheceu uma tal Simone da cidade de
Santarém. A moça acabara de chegar de Portugal. Foi uma conversa rápida, mas
parecia uma amizade de infância. Nunca mais se viram. Ontem Simone ligou, não
sei de onde, só sei que era de uma praia, do litoral de algum país do mundo. Falaram
por horas. O teor da conversa nem imagino. Por estar aqui no blog não me é
permitido aproximar muito do Sandro. Confesso que fiquei curiosa, pois na época em
que o Sandro conheceu a moça eu estava bem presente na vida dele e achei
interessante a tal Simone. Assim que desligou o telefone Sandro ficou muito
apreensivo, pegou violão, papel e caneta e foi tentar compor algo. Pelo menos foi o que me pareceu. Depois de
muito tempo falando e xingando sozinho e de dar sinais sintomáticos nervosos de ataques de
tricotilomania, desistiu da empreitada. Começou a ligar enlouquecidamente pra
todos os amigos compositores que conhecia, só que, coincidentemente naquele
dia, estavam todos muito ocupados e não puderam falar com o Sandro e pediram
que ele ligasse mais tarde. Sandro foi pro computador, creio que para escrever
pra Simone, já que não tinha nem ideia do paradeiro da moça.
Soube hoje, de fonte
segura, que um tal Sir Lacerda resolveu o problema da Simone e que se ela
tivesse dependido do Sandro teria ficado a ver navios. Esse Sandro Dornelles já
me fez perder muito tempo à toa em outros tempos com histórias sem pé nem
cabeça como essa que contei agora. E assim se foi meu dia. Se tivesse optado
por contar a história de Simone e Sir Lacerda, com certeza seria bem mais
interessante.
Música
do Dia: Logradouro (Kleber Albuquerque) (De: K. Albuquerque / Rafael Altério)
Bicho
do dia: Coruja (aquela que nas aulas pra aprender a falar não aprende nunca,
mas presta uma atenção...)
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