Muito tenho me divertido em
conhecer as décimas: de reis (dos reisados), glosas, martelo agalopado, galope
a beira-mar, pajadas (décima de espinela, dos cantadores gaúchos) e cordéis. Suas
métricas e seus esquemas de rimas. Muito bom de ler, mas muitos melhor quando
falado por alguém, e melhor ainda se tiver um acompanhamento de um violão ou
viola, ou se for musicada mesmo. Elas todas, em sua maioria, contam histórias.
Diversão garantida. Como hoje é domingo, me darei à liberdade de arriscar uma
décima, duas estrofes apenas:
Décima da Perseguida
Atende
por vários nomes
A
mocinha dessa história
Pra
alguns é Xana-Chicória,
Espanta-quem-não-é-homi
Um
tanto de codinome
Periquita,
Cheirosinha
Xereca,
Aranha, Amiguinha
Fenéca,
Febra, Feféia
Chaba,
Rebucetéia
Chandanga,
Queca, Rainha.
Ganha-Pão,
Lalá, Cachópa
Marota,
Pastel de Pêlo
Rororoca,
Desmantêlo,
Mais-que-linda,
Poliglóta
Pepeca,
Xiba, Xoxóta
Bingucha,
Meiga, Querida
Que
pode ser Perseguida
Mas
só com amor tratada
Jamais
a forçar a nada
É a
porta da luz da vida!
Música do
Dia: História de Cantador (Djavan)
Bicho do Dia:
Veado (8593).
Filme da
Semana: O Auto da Compadecida (Direção: Guel Arraes. Baseado na obra de Ariano
Suassuna).
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