Não sei o significado ou a mensagem
subliminar que trazem consigo as rosas amarelas. Há um mistério a cerca das
rosas amarelas e Dostoievski. Motivo pra uma pesquisa futura? Pode ser. Basta,
por hora, dizer que cada um manda rosas da cor que quiser, pelo motivo que
quiser. Pode ser uma declaração de amor, um pedido de desculpa, pêsames, para
parabenizar, enfim. Acordei pensando em
qual seria a cor das rosas que eu mandaria para o mundo. Ainda não me decidi.
Sei é que entramos hoje nas ressacas das comemorações católicas e comemoramos o
dia de Tiradentes. Duas palavras me chamam a atenção quando se fala nestes
temas: a Indulgência (do Catolicismo) – o perdão, a facilidade para perdoar -, e
a Inconfidência (do mártir na visão da Coroa)– a falta de fé ou de fidelidade para com o outro. A
pergunta que faço a vocês, humanos, é: com quem vocês têm sido indulgentes e
com quem vocês têm sido inconfidentes? Acho que vale a pena se perguntar. Não
se prendam a datas. Dias atrás se comemorou o dia do Índio, mas o que adianta
se tratam o Índio sem indulgência e quase como um inconfidente? Peço para que
pensem e penso também. Eu não sou indulgente e também não sou inconfidente. Meu
papel no mundo não me permiti isso. Pra quem mando então minhas rosas? Pensando
um pouco mais, vi que o Dostoievski foi tratado como um inconfidente e sem
indulgência pelo governo russo. Tudo bem que foi “perdoado” aos 49 do segundo
tempo, pois momentos antes de ser executado, sua pena foi mudada para quebrar
gelo na Sibéria. Sendo este artista russo um dos meus preferidos e sendo, como
eu, um jogador inveterado, já me decidi: é pra ele que mando minhas rosas.
Misteriosamente, amarelas.
Música do Dia: Cálice (Chico Buarque e
Milton Nascimento) (De: Gilberto Gil / C. Buarque) https://www.youtube.com/watch?v=26g1jQG-n4Y
https://www.youtube.com/watch?v=8CnSiaP-jL4
(Explicação do Gil pra música “Cálice”).
Bicho do Dia: Galo (1849) (Ano em que Dostoievski
foi exilado).
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