Trabalhou como um condenado a
vida toda sonhando que encontraria um arco-íris que o guiaria até o pote de
ouro. Todo o dia pelo menos uma vez olhava para o céu. Gostava dos céus que
tinham sol se abrindo logo após as chuvas. Olhava, olhava, procurava, rezava,
quase implorava, mas nada do tal arco colorido. De tanto olhar pro céu acabou
ficando cego. E assim que deixou de enxergar sentiu que as cores do arco-íris eram
agora as cores da sua pele. Momentos antes do seu derradeiro fim deu um sorriso
tolo em tons arcoirizados e entendeu que o ouro esteve sempre com ele.
Música
do Dia: Viagem (Taiguara).
Pra
quem quiser ouvir na íntegra o histórico “Imyra Tayra Ipy”, taí:
Bicho
do Dia: Burro (2212).
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