As coisas não estavam indo muito bem. Os pais desempregados, a comida na
casa acabando e as crianças com fome. A família tinha um porquinho de estimação
no quintal. O nome do porquinho era Amigo. Todo dia de manhã alguém da família
abria a porta da cozinha e chamava o porquinho “Hey Amigo!” e lá vinha ele todo
pulandinho para receber um carinho ou uma comidinha e todos eram felizes.
Devido à situação precária, o pai começou a ver no porquinho uma chance de mais
uns dias de comida. Quando falou da sua idéia para a mãe ela falou que não, que
como ele pensava numa coisa daquelas, as crianças amavam o porquinho, mas
depois, chorosa, acabou concordando com o marido. Levou as crianças para
passarem o final de semana na casa da vó e o pai ficou em casa para fazer o
serviço. Domingo de manhã abriu a porta da cozinha e chamou “hey Amigo!” e lá veio
o porquinho todo pulandinho como sempre.
O pai tinha uma machado na mão direita e o escondeu atrás das costas.
Quando o porquinho ficou na sua frente esperando um carinho ou uma comidinha, o
pai levantou o machado para desferir o golpe fatal. Ao ver aquilo, desolado e
prevendo seu fim, o porquinho proferiu a sua frase final com sua inconfundível
voz suína:
- QUE IIIIIIIISSO?! QUE IIIIIIIISSO?!
Essa história é baseada numa piada(?) que o Sandro Dornelles
adora contar. Não é de toda ruim, mas dentro desse contexto deixa o seguinte
ensinamento: “O tapinha nas costas do amigo de hoje, é a machadada nas costas do
falso amigo de amanhã”. Bom sábado a todos.
Música do Dia: Muito Pouco (Moska).
Bicho
do Dia: Cobra (9135).
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