Fiquei pensando numa frase,
numa imagem, numa cena, enfim, em alguma coisa que merecesse um sonoro “eita!”.
E cá estou escrevendo e nada de algo que provoque um “eita!”. Lembrei-me de um menininho
de dois anos de idade da Indonésia que fumava quarenta cigarros por dia. Mesmo
assim não me veio o tal “eita”, notícia velha e a esperança que ele tenha
largado o vício. Pensei em formular uma frase com trocentos palavrões, os que
existem e outros que inventasse, mas o Sargento Getúlio do Ubaldo já o fez com
maestria. Percorro a memória, o youtube, o Google, o dicionário e nada. Banheiros
públicos, nada. Sessão plenária, de umbanda, da tarde, de descarrego, com o
psicólogo, nada. Fui até o oráculo, nada. Becos escuros, casas mal-assombradas,
nada. Cadê algo digno eu um “Eita!”? Tentei imaginar o que sentem as bolas
fechadas a vácuo na calça de algum cantor sertanejo, nada. A única coisa que
consegui foi me sentir um daqueles sujeitos que o capitão Nascimento põe no
saco. É, estava realmente ficando complicado. Eis que, como sempre, na
biblioteca descubro o porquê de procura tão frustrante. Salve o poeta romano Públio
Terêncio, (o punidor de si mesmo, ah,
se todos fossem assim...) que em 185 a.C já tinha a resposta: embora não seja
um de vocês, nada do que é humano me é estranho. Então lá vai: EITA, PORRA!!
Música do Dia: Coração Materno
(Vicente Celestino) (essa letra também merece um Eita!) http://www.youtube.com/watch?v=LpS-c2pq-Aw
Bicho do Dia: Cabra (5521).
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