Perdoem-me desde já, mas
cais é uma palavra muito poética e hoje não estou poética, estou mais pra
patética. E embora o número do dia seja sugestivo, eu estou mais pra papai e
mamãe que pra 69. Vamos lá. Muitos não conhecem, mas existem pessoas que são
chamadas de “looners”. O Looner é uma pessoa que tem fetiche por balões. É viciada
em balões. Esses balões de aniversário, que alguns conhecem por bexiga. Pois é.
A cena é meio patética, pois o sujeito abraça, acaricia, esfrega, dorme, fala e
faz mais uma porção de coisas com os balões. Quem somos nós pra julgar, cada
louco com sua mania, mas que é patético é. A cena é o tal looner cantando uma
canção de ninar pro balãozinho dormir, com o verbo conjugado/cantado numa
irritante segunda pessoa: “Cais, cais balão... Cais, cais balão... aqui na
minha mão... Não cais não... Não cais não... Não cais não”. Como se define uma
cena dessas? Achem a palavra que lhes convier. Mas sigamos com a cena. Os dois
adormecem abraçadinhos, o balão e o looner. As luzes estão apagadas. Ouve-se um
barulho. Das duas uma: ou o looner peidou ou o balão foi assassinado. Eu
avisei...
Música do Dia: O que Sobrou do Céu (O
Rappa) (De: O Rappa – Marcelo Yuka)
Bicho do Dia: Cais-Cais (passarinho também
conhecido por gaipapo, gaipara, gaturamo-verde).
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