Ontem, todos nós cantamos a
Marcha da Quarta-feira de Cinzas. E hoje tentamos renascer das cinzas. Se a
vida só começa aos 40, o ano só começa depois do carnaval. Julguem vocês a
veracidade destes ditos. Prefiro me ater
às marchas. Estes últimos dias foram de muitas marchinhas, a maioria delas
satirizando alguma coisa, frases de duplo sentido e por aí vai. Existem, além
das marchinhas, os compositores que as fazem existir e os cantores que as botam
na boca do povo ou alguns deles que derrubam a banda das Marchinhas, como um
amigo gaúcho do Sandro cantando “Ó, Jardineira porque é que tu estás tão triste”.
Existem as marchas dos carros. Existem as marchas militares. Existem também as
marchas políticas. As históricas: a Marcha dos Caifazes pelos estudantes paulista
pela abolição, em 1882. A marcha dos Cem Mil na época da Ditadura. A Marcha das
Diretas Já. A Marcha dos Cara-Pintadas. E as mais recentes, que nem sei se tem
nome de Marcha: Marcha dos Gays, Marcha da Maconha, Marcha do Passe Livre.
Acredito que todas essas marchas, as históricas e as atuais, têm o seu porque
de terem surgido. Eu até apareci em algumas dessas na ponta de alguns cassetetes,
sprays de pimenta, gás lacrimogêneo, coquetel molotov, pedras, balas de borracha, enfim em todo
esse arsenal das guerras de rua. Para a sorte de todos, não sou chamada para a
maioria das marchas. Mas tem uma que nunca se esquecem de me chamar, a Marcha
Fúnebre.
Música do Dia: Café da Manhã (Vitor
Ramil) http://www.youtube.com/watch?v=fwpoEH1kvj8
Bicho do Dia: Águia (1308)
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