Dizem as más línguas que uma
das minhas características mais perversas é ser cruel. Não é verdade. A
crueldade é mais uma das minhas amas de leite. Ela me dá de beber e eu tenho
sede. Ponto. Cruéis são vocês, humanos, com vocês mesmos. Cruéis são as coisas
do mundo. Eu chego sempre depois e bebo o leite quentinho. Ou frio, se for uma
crueldade maquiavelicamente planejada e requintada. De qualquer forma, eu chego
e bebo, pois já falei, eu tenho sede. Portanto,
não sou eu cruel e muito menos o pobre gato do Gargamel. Cruel é o mundo na
forma em que vai. E indo ele assim, sigo eu atrás. Mantenham a crueldade e manterão
forte, bem amamentado, o meu lado mais mortífero. Simples. Pois eu, como vocês,
humanos, não gosto nem um pouco de parar de mamar numa teta.
Música do Dia: Não Tenho Medo da Morte
(Gilberto Gil) (Uma homenagem ao colaborador do Dia, Paulo Monarco).
Bicho do Dia: Elefante (2543)
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