Os
acontecimentos feicebuqueanos tem me irritado um pouco. Eles tem me tirado do
meu foco de ser literária para me parecer ser panfletária. Coisa que não sou.
Só que tem muita gente rosnando, falando groselha e fazendo fofoquinha infundada
no meu ouvido. Antes as fofocas ficam só entre as tiazinhas de janela, agora
invadem as redes sociais. Tudo bem que ouvir-ler um monte de baboseira é o
preço da democracia e da liberdade de expressão, só que seu ódio e sua revolta não
me assustam. Defendam seus posicionamentos, porque querer convencer no grito
não rola. Até porque eu mando muito mais nessa porra do que qualquer um de
vocês, humanos. Enfim, vou me abster de falar porque o bom de ter amigos é que
eles falam o que a gente pensa com muito mais clareza. Então fiquem com minha
amiga CULPA:
“Uma
conversa amiga, tapada de maus adjetivos sobre a vida alheia é fator
imprescindível de controle social a qualquer agrupamento humano. Meter a mão na
cumbuca é fácil, tirar é que é complicado. Vamos nós, sem os cachorros, vos
embrenhar noutro desses matos. E mais complicado que se entalar no recipiente,
é conviver com os comentários das bocas desprovidas de piedade para com o
próximo. Desde que vos conheço por gente que o fuxiqueiro exerce a função de
por o mundo num arremedo mínimo de equilíbrio. Imaginem essas vidinhas sem
alguém para pôr o olho, para cuidar dos teus maus hábitos, para te fazer corar
frente aquele teu desejo sórdido, sem me ressuscitar no teu coração aflito.
Imagine a quantidade que coisas que tu já pensou em fazer e não fez por medo do
que iriam dizer de ti. Imagine o que não fez e deixe que eu me acorde nas tuas
entranhas. Te imagine fazendo, eu rosno igual.”
Num sábado
como esse que pede uma feijoada, falar da vida alheia só mesmo a maneira do
poeta do samba de breque: farofa fofa faz fofoca no feijão! Vamos nessa, CULPA?
Música do
Dia: Retalhos de Cetim (Benito de Paula).
Bicho do
Dia: Gato (6054).
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