Era um mundo onde todo mundo
ria. Riam de cócegas, riam de pavor, riam de palhaços, riam da DOR. Riam de
tudo, os pobres. Certa vez o rei deste risonho mundo mandou organizar um
concurso onde quem chorasse primeiro ganharia a mão da princesa e, por consequência,
gozaria das benesses da vida real. Obviamente todos riram durante dias quando
viram os cartazes espalhados pelo reino com tais dizeres. O Rei riu das risadas
do povo que riu das risadas do rei que riu da risada da princesa que riu do
bobo da corte que riu da guarda que riu do mágico... Enfim, as pessoas não
faziam mais nada além de rir o dia inteiro. Rindo, o rei mandou seu mensageiro
chamar o sábio da corte para solucionar o caso e também para que tirasse uma
lágrima de dentro de alguém para que o chorador tirasse sua princesa filha da
castidade. O sábio entrou no palácio rindo. Todos rindo esperavam a solução que
ele trazia. Do nada, de repente, o sábio, num riso frouxo, puxou um punhal e
cravou no coração virgem da virgem princesa. Silêncio. E após o silêncio todos
morreram de rir. Morais da história: enquanto se rir de tudo, tudo é motivo de
riso. Ou: quem ri por último fica rindo sozinho. Ou: kkkkkkkkkkkkkkkkk. Ou:
hahahahahaha. Ou: Meu deus, eu não consigo parar de rir! Ou: eu quero morrer!
Ou: Era um mundo onde todo mundo ria. Ou: Nenhuma das morais da história anteriores
está correta.
Música
do Dia: Meu Mundo Caiu (Maysa).
Bicho
do Dia: Carneiro (0528).
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