Como não tenho mãe e já expus
meus reconhecimentos a todas as mães ontem, vou me ater na palavra valente. A
valentia, ao contrário das mães, sempre me deu muito trabalho. O valente de que
falo aqui, não é aquele que enfrenta o dia a dia, o trabalho e a dureza da
vida, e sim o valente inconsequente, cujos atos são movidos pelo exibicionismo.
Pra ficar mais claro o chamaremos de o valente pavão. Ele tem que chamar a
atenção de outrem, seja quem for. O problema é que com isso ele me tira do meu
sossego. Provoca briga, lá vou eu. Empina moto, faz pegas, lá vou eu. Bebe até
fazer merda e põe a culpa na bebida, claro, e lá vou eu. Nem é preciso elencar
outros exemplos da “bravura” do valente pavão. Já deu pra notar que acabo sendo
a babá desse tipo de gente. Bom, eu tô aqui pra cumprir com meus deveres de
DOR. Eles que me aguardem. Mas o que mais me irrita é que quando não tem
ninguém olhando pra eles, eles se olham no espelho, se admiram e ficam pensando
na próxima merda que irão fazer, enquanto imaginam que o espelho são os olhos
do mundo e eles o foco de toda atenção. Tá bom, é segunda-feira e confesso que
estou sem um pingo de paciência e nem deveria perder tempo com valente fede nem
cheira. Só espero que este tipo de valentia não se transforme na covardia que
acaba em linchamentos, espancamentos e em amarrar ladrões de galinha em praça
pública. Já muita covardia transvestida de valentia.
Música
do Dia: Piston de Gafieira (Sílvio Caldas) (De: Billy Blanco)
Bicho
do Dia: Vaca (9000).
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