Ah, o suspiro das cantigas
trovadorescas... Quanta saudade me dá. Eu vivia entre os homens medievais e
ouvi suas cantigas de amor, de mal dizer e de amigo. Eu era apenas um sopro
sobre os lamentos dos poetas e seus sofrimentos amorosos aveludados nas
cantigas de amigo. Cantigas essas onde os homens escreviam com a voz feminina
da narração os desgostos, abandonos, enfim, as mazelas do amor que as mulheres
confidenciavam melodiosamente à natureza, à filha, à mãe ou a quem lhes dessem
ouvidos. Bons tempos... Não que os de hoje não o sejam. Apenas reminiscências. E um desejo que o eu
lírico das moças invada a mente dos rapazes no dia de hoje e nos dias vindouros
para que eles falem trovadoramente femininos pelos telejornais, rádios, shows, padarias,
feiras, pregões e autofalantes do mundo. É, eu sinto saudades às vezes. Talvez uma
saudade que eu tenha de algo que nem fui, nem vivi. Mas certamente o estopim de
tudo isso seja a saudade que já sinto de um cara que nos deixou essa manhã. Um
cara que me chamou a atenção pela energia que tinha no palco desde sempre e de
quem sou fã. Ele cantava uma coisa que faço com vocês todos os dias aqui no
blog, pois como ele eu acredito que não faz mal nenhum bater um papo assim
gostoso com alguém. Saudades... Desculpa Jairzão, mas hoje não vou deixar isso
pra lá.
Música
do Dia: Deixa Isso pra Lá (Jair Rodrigues). (De: Assis Valente / Alvinho)
Bicho
do Dia: Tigre (1386).
Que bonito.
ResponderExcluir