As consequências das inconsequências
não aparecem do nada. Elas levam tempo. Parecem que nem vão dar as caras e a
tal inconsequência vai ficar por isso mesmo. E na maioria das vezes fica. Mas eis que um belo dia batem a
porta do inconsequente. Ele levanta do aconchego do seu sofá e vai lentamente
atender. Quando abre a porta vê que tem um envelope no chão. Abre o envelope
com a mesma indiferença com que atendeu a porta. Dentro do envelope estão as
consequências dos seus atos. Num outro ponto de mundo o que foi sacaneado pelo
inconsequente sente uma aragem gostosa no seu rosto e jura que foi a vida lhe
beijando. Não tem nesse sentimento nenhum resquício de vingança, assim como
aquele que abriu o envelope das consequências não tem nos seus sentimentos nenhum
resquício de castigo. É apenas o tempo exercendo seu maior poder: passando.
Moral
da Historieta: A vida que te beija é a mesma que apedreija (com “i” mesmo).
Música
do Dia: Just Like Always (Joe Cocker) (De: Jon MacFarland). (Uma homenagem ao
grande artista Joe Cocker, falecido hoje).
Bicho
do Dia: Leão (9963).
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