Terça, 16 de novembro.
O que não é de mim pode ser de
muitos outros. Assim como, algumas coisas de muitos outros podem ser de mim
também. Pode ainda que muitas coisas que são de mim não sejam de muitos, mas
sejam de alguns poucos. Há muitas outras
relações de ter - não ter, ser - não ser, comuns – incomuns. Mas cada um é um e
pronto, por mais que queira ser o outro, tem alguma peculiaridade de
personalidade ou, pelo menos, uma cadeia de DNA, que o faz único. Não adianta!
Não adianta! Fugir de si mesmo dura pouco. Tentar ser tudo que não é também.
Bananas que tentaram ser limões acabaram azedas. Passarinhos que quiseram ser
morcegos dormem até hoje de cabeça pra baixo. Só que o azedume das bananas não
faz delas limões e a mesma lógica se adéqua a passarinhos e a toda outra sorte
de tentativa troca de identidade. Os maiores espiões, os maiores falsários,
acabam sendo desmascarados. Então, do alto de minha larga experiência milenar
lhes garanto: sejam vocês mesmos, pois, por mais que doa, não sê-los dói mais.
Música
do Dia: Tudo Dói (Gal Costa) (De: Caetano Veloso).
Bicho
do Dia: Carneiro (1628).
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