Convenhamos que a canalhice tem
seu charme. Quando vocês, humanos, me chamam de “canalha!”, geralmente numa
intenção depreciativa para reclamarem das visitas inesperadas ou esperadas que
lhes faço, saibam que não me ofendem. Orgulhosamente
me reconheço como parte integrante do seleto grupo das canalhas. Uma canalha romântica,
que fique bem claro. Entretanto, sou uma canalha que não reclama por não me
convidarem para fazer novelas com altos pontos de ibope, nem pra entoar canções
que lotam estádios de futebol, nem pra sessões de descarrego, nem pra tratar
doentes sem ao menos saber o que significa medicina, nem pra advogar em meio às
brechas da lei para salvar filhos da puta, muito menos pra estar escrevendo e
falando levianamente em jornais de papel e de TV. Então, seu eu não reclamo,
deixem essa canalha que vos fala em paz. Além de que, entre esse festival de
canalhices que acabei de citar e a minha, sou mais a minha, que além de
charmosa, já vem com lições de vida incluídas no pacote.
Música
do Dia: Para Uso Exclusivo da Casa (Dhi Ribeiro). (De: Juninho Peralva / Paulinho
Rezende). (Uma Homenagem à colaboradora do dia Ritinha Carvalho que me
apresentou essa pérola).
Bicho
do Dia: Veado (2095).
Filme
da Semana: Os Cafajestes (Direção: Rui Guerra).
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