Foi realmente superfantástico:
rolou gorda uma lágrima pelo rosto da moça e foi caindo cameralentamente até se
espalhar no chão branco mais branco que um chão pode ser. Por pouco a moça que
chorou sangue não foi linchada pela turba ensandecida de pessoas-vampiro
possuidoras da certeza triste de que chorar em tempos de crise como aquele era
um total desperdício. Mais superfantástico ainda foi não terem cravado
medievalmente os dentes na jugular indefesa da moça que ao engolir o choro sentiu
um gosto de lágrima.
Música
do Dia: Coisa Nº 9 (Moacyr Santos).
Bicho
do Dia: cabra (3922).
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