A vida da diva estava um show de horrores.
Ninguém, entretanto, via isso no seu show maravilhoso daquele dia. A diva
estava divina. Um cavalo branco invadiu o palco do nada. Tinha um príncipe
montado nele. No ponto alto de sua música de maior sucesso. Ninguém, entretanto,
via isso no seu show maravilhoso daquele dia. A diva estava endiabrada. A diva
mandou o príncipe se fudê e tomou outra dose para que descessem com ela todas
as pilulazinhas coloridas que estavam em sua boca. Ninguém, entretanto, via
isso no seu show maravilhoso daquele dia. A diva estava magnífica. A essa
altura já tinha uma TV ligada num programa de merda qualquer no palco e a diva
já estava passando mal afundada num enorme sofá. Ninguém, entretanto, via isso
no seu show maravilhoso daquele dia. Todos aplaudiram e reaplaudiram a diva de
pé. No camarim recebeu as rosas com um sorriso largo que como uma cortina
fechada escondia um outro show por detrás dele. No quarto solitário do hotel a
diva divina, endiabrada e magnífica tirou a maquiagem e o pano caiu. O show
estava só começando.
Música
do Dia: Que Grilo Dá (Rock de Repente) (Alceu Valença).
Bicho
do Dia: Grilo-Macunaíma engolindo o Homem-Aranha.
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