Novas Histórias

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Foto de Ju Vinagre

sábado, 23 de agosto de 2014

235º Dia: Samba que nem a Rita à Dora


                 No prédio de trocentos apartamentos por andar todo mundo ouviu o quebra pau. Também como é que Malandro dá um mole desses e canta pra Rita um samba que fez pra Dora? B. O. na certa. Malandro gostava muito das duas e achou que tinha sido injusto com a Rita. Foi lá e cantou pra Dora um samba que tinha feito pra Rita. Outro B. O. Justiça feita, Malandro seguiu fazendo seus sambas. Quando o tema virou indecisão, doeu. Malandro gostava das duas. As duas falaram no seu ouvido: “ou ela ou eu”. Malandro correu do som da fala delas foi falar no ouvido de Clara. Clara tinha surgido não sei de onde, mas quando ouviu o samba que Malandro tinha feito pra ela – na verdade era pra falta de Rita, de Dora e Glória-, e Glória nem virá nessa história pra reclamar direito algum-,, seus olhos brilharam. Era o homem. Aquele era o homem. Para Rita e para Dora já não era mais. Daqui pra frente não importa mais o que acontecerá na história. Que ela se conte pra cada um de vocês no que a imaginação mandar. Leitor, eu posso ser Machado e cortar a história aqui. Conforme-se. E vamos ao que interessa: o Malandro sempre soube, ainda não sabe, mas sempre vai saber, que o samba é quase Deus: escreve quase certo por linhas tortas. E no “quase” é que está a maravilha da coisa TODA.

Música do Dia: Canalha (Walter Franco)

Bicho do Dia: Avestruz(1503).

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