Não manjo muito de perdas.
Sei de prestar meus serviços a vocês, humanos, quando sofrem com tais perdas.
Sei também que sujeitos que perdem a mãe, a irmã e o rock podem sofrer tanto
quanto quem perde um brinco, assim como outros dão a perda de um brinco a mesma
importância de quem dá o real valor a perda de uma mãe, uma irmã ou o rock.
Engraçados, vocês, humanos. Trágicos nas horas cômicas e cômicos nas horas
trágicas. A alma barroca do existir é perene. A única coisa que tenho um certo
receio de perder é o fio da meada, a trama dos meus escritos que diariamente começo
sem saber onde vão dar. E se Deus escreve certo por linhas tortas, me permito
escrever torto por linhas certamente duvidosas. Vejam só, essa última frase que
escrevi foi totalmente desnecessária, uma inversão de ditado besta. Vai ver, uma
tentativa inconsciente de entender e encontrar a perda, mas melhor que nos
entendamos assim: vocês com suas perdas e meu consolo; e que eu encontre, por
hora, o ponto final. Olha ele ali!
Música
do Dia: Jardim da Fantasia (Paulinho Pedra Azul).
Bicho
do Dia: Avestruz (5603).
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