A Mariposa odiava sua pele em
preto e branco. Todos a chamavam de bruxa. Nos rodopios ao redor das luzes, imaginava
o quanto seria mais bela se tivesse as cores de uma borboleta. Depois de muitas
sessões de técnicas de colorimento, conseguiu ficar artificialmente colorida.
Agora, nos círculos sociais não a chamavam mais de bruxa e sim de Tecnicolor. Foi
amor à primeira ouvida. Para ela a sonoridade do novo nome era tão bela quanto
suas novas cores. Entretanto, quando voltava para casa feliz pelas ruas da cidade, em
seus rodopios festivos ao redor das luzes dos postes, foi apanhada por um
predador. Ele falou:
- Adoro
borboletas no jantar.
- Mas
eu não sou uma borboleta, sou uma mariposa, disse chorando.
-
Boa tentativa, mas mariposas não são coloridas e nem andam dando sopa assim à
noite.
E
devorou a mariposa tecnicolor antes que ela explicasse a sua história. Logo em
seguida regurgitou tudo e cuspiu. Pois viu que realmente o gosto das cores era
falso.
Música
do Dia: Bom, ontem pus a música de um compositor argentino, então hoje vamos de
Alemanha:
Da
Da Da (Trio) https://www.youtube.com/watch?v=lNYcviXK4rg
Bicho
do Dia: Borboleta (7316).
Filme
da Semana: O Sétimo Selo (Ingmar Bergman).
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