Tem dias que fico olhando a
palavra título do texto do dia e não me vem nada na cabeça. Ficamos assim,
palavra olhando pra mim e eu pra ela e nada acontece entre a gente. Nem um bom
dia ou um “tudo bem?”. Ficamos nos
analisando como se fôssemos pessoas de civilizações que nunca tinham se cruzado
antes. Como pode um negócio desse? E o branco da tela do Word ulula, um branco
glacial, frio, só a palavra título me olhando e um constrangimento crescente.
Não falamos nem uma língua parecida, a palavra título e eu. Nem linguagem de
sinais. Nem um beijinho. Ela não me diz nada e eu não digo nada pra ela. E existe a obrigação do texto e o tempo não para
para que travemos um diálogo monossilábico que seja. Recorro a alguns seres que
me inspiram com suas histórias absurdas, ridículas ou sei lá que adjetivos
possam me ser inspiradores porque nesse exato instante travarei a batalha
descrita acima. Fui ver o Sandro Dornelles, mas ele está tão esfuziante com
suas viagens musicais pelo Brasil, em estar revendo a cidade do Rio e os amigos
queridos que ele não via há tempos, que chega a ser chato. O Sandro ridículo e
absurdo me é mais inspirador que este com uma cara meio ressaca meio festiva
que beira o abobalhamento. Enfim, deixemos o Sandro pra lá. Vou encarar meu
desafio diário. Por hora estamos assim: eu olho pra Rebichada, a Rebichada olha
pra mim e nada.
Música
do Dia: Chão de Ninguém (De: Walter Fernandes) (Com: Guidi Vieira & Caio
Márcio) Minha única inspiração do dia pelo show lindo que fizeram ontem).
Bicho
do Dia: Borboleta(1514).
Bem feito para a DOR! Si ferrô!
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