A moça ficou por anos e anos
em pé no porto. Ninguém sabia o motivo. Podia pelo menos sentar um pouco pra
descansar, comentavam. Ela estava irredutível. Sua perseverança começou a ser
reconhecida pelo mundo afora. Seus olhos fitavam o infinito do mar. Seu corpo fincado
na pedra do porto. Soube-se depois que a paulistana tinha ficado tanto tempo
sem ver água que acabou esquecendo como ela era e decidiu ficar olhando o mar
para nunca mais esquecer sua beleza. Sua promessa era que só sairia dali se as
urnas de sua terra se inundassem novamente.
*O texto de hoje é baseado numa
postagem no facebook que um rapaz paulistano que está na Europa fez para sua
família que está e vai votar em São Paulo.
Música
do Dia: Súplica Cearense (Gordurinha) (De: Gordurinha e Nelinho).
Bicho
Dia: Tamanduá-Farejador de Água (mais nova promessa de campanha).
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