Antes de o segundo prédio
desabar, o primeiro já tinha caído por terra e levado vários escombros e
sentimentos com ele. O segundo resistia, mas era certa a sua queda. Várias
câmeras tinham filmado e continuavam filmando em tempo real, até porque várias
câmeras filmam tudo em tempo real, mas nenhuma explicava – nem aos menos
conformava -, o que os olhos viam. Um segundo antes do último alicerce que
sustentava o segundo prédio ceder, as câmeras ficaram repetindo infinitamente a
imagem deste último segundo para que o segundo prédio jamais caísse.
Moral
da história: As imagens televisivas repetitivas criam uma nova realidade, mas
não descriam as outras.
Música
do Dia: Vim que Venha (Karnak).
Bicho
do Dia: Água (1008).
Filme da Semana: Era uma vez no Oeste (Sergio Leone. Trilha Sonora: Ennio Morricone).
Filme da Semana: Era uma vez no Oeste (Sergio Leone. Trilha Sonora: Ennio Morricone).
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