Era essa a frase que
mentalmente o comandante do navio falava para o desgraçado que estava no
comando das luzes do Farol. A coisa tava feio e o navio certamente repetiria a
história do Titanic, com a diferença de ser afundado por pedras e não por iceberg.
Escuridão total e nada do Farol iluminar a noite trévica. Sem um pouco de luz o
choque era certo. O navio apitava aos berros. O comandante mentalmente era um
pensamento só: “acenda a porra deste farol!”. Dentro da torre do Farol o velho
senhor que o cuidava solitário na ilha a muito tempo, rezava para que algum navio
chegasse e que desembarcasse alguém para salvá-lo de uma espécie de ataque cardíaco
que teve momentos antes de acender a luz do Farol que havia apagado do nada.
Nem o velho senhor nem o comandante sabiam que não haveria mais luz no fim do
túnel, muito menos no Farol. Mas ambos ainda acreditavam na salvação e morreram
um pouquinho antes de suas respectivas esperanças.
Música
do Dia: Só Via Faca Voar (Bezerra da Silva).
Bicho
do Dia: Coelho (9740).
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